Posts por Carlos Gerbase

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Festa em Casa 22 de dezembro de 2010

Hoje é o dia da festa da Casa de Cinema de Porto Alegre. Acontece sempre na mesma data (com raríssimas exceções): 22 de dezembro, que foi o dia da primeira festa, em 1987, realizada na nossa primeira sede, na rua Lageado. O saldo daquela festa foi tão positivo que, nos dois anos seguintes, repetimos a […]

Onfray e sua vida filosófica 6 de dezembro de 2010

Flanar pelas ruas de uma bela cidade – e todas são belas à sua maneira: Paris, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Sapucaia do Sul – é muito bom. Mas flanar pelos corredores de uma livraria ou de um sebo pode ser ainda melhor. A FNAC gigantesca da Gare Saint Lazare, em Paris, as pequenas e charmosas Beco […]

Todos morrem no fim – Capí­tulo 1 1 de novembro de 2010

Esta é mais uma história do inspetor Otávio, da Terceira DP de Sapucaia do Sul. A última aqui no blog. Na verdade, é o começo de uma história, que continua no romance "Todos morrem no fim", da editora Sulina, que será lançado, com sessão de autógrafos, na próxima quinta, dia 4 de novembro, 'as 20h30, […]

O herói voltou para casa 1 de novembro de 2010

Em 24 de maio de 2006, eu escrevi no NÃO (http://www.nao-til.com.br/nao-82/jornada.htm) que Lula sairia ileso do bombardeio que sofria naquele momento e se reelegeria. Sempre é um risco fazer vaticínios, mas eu estava certo. Agora que Lula conseguiu ungir uma sucessora e sai do governo com o mais alto índice de popularidade de um presidente […]

Almas depenadas 25 de outubro de 2010

Em Sapucaia ninguém descansa em paz, muito menos no cemitério municipal. Os ladrões entram à noite e levam todo bronze, alumínio e latão que conseguem carregar. Isso pra não falar dos fios de cobre da rede de iluminação, que, surrupiados, além de renderem um dinheirinho, ainda garantem a continuidade da escuridão para as próximas incursões […]

Cabrito 17 de outubro de 2010

       Todo policial que eu conheço já fez algum serviço por fora. Alguns chamam de “fazer um cabrito”. Não sei a origem do termo. Cabrito bom pra mim é aquele assado com calma, em fogo baixo, servido com arroz, feijão e salada de batata com maionese. Pronto, já fiquei com fome. É o que dá […]

Carne 11 de outubro de 2010

           O caminhão havia tombado na pista direita da BR-116, sentido interior-capital, pouco depois da entrada do zoológico. Normalmente seria um trabalho rotineiro para os policiais rodoviários – atender o motorista moribundo, fazer um desvio para o trânsito, chamar um guincho para retirar o veículo acidentado -, mas eles tinham pedido ajuda para a Terceira […]

Vida velha 4 de outubro de 2010

               O inspetor federal chamava-se Avelar. Era um homenzinho magro, usava óculos, tinha cabelos grisalhos e um ar cansado. Com uns sessenta anos, não devia estar fazendo aquele tipo de serviço. Mas, em vez de ficar numa sala com ar condicionado da PF em Porto Alegre, coçando as bolas e olhando o rabo das secretárias, […]

Um anjo 27 de setembro de 2010

  Minha casa não tem campainha. Estragou faz tempo e não senti falta. Então, se alguém quer entrar que bata na porta. Dá no mesmo, principalmente porque ninguém quer entrar. O negrão Clemenciano entrou uns dois anos atrás, era alguma coisa urgente que não lembro mais, e vi a cara dele quando sentou na sala […]

Vinte e cinco facadas 20 de setembro de 2010

Prefiro trabalhar sozinho. Esse negócio de dupla só funciona em filme policial americano. Mas, no caso das vinte e cinco facadas, o negrão Clemenciano foi fundamental. Ele não é inspetor, nem detetive. É escrivão. Teoricamente só trabalha dentro da delegacia, registrando tudo que acontece com uma paciência bovina. De vez em quando, contudo, sai em […]

Meio madeira, meio alvenaria 13 de setembro de 2010

Olhar uma velha caquética pendurada numa forca, balançando de um lado pro outro e cheirando mal, no meio de uma sala pequena e escura, não é a melhor maneira de se começar um final de semana. O Jeferson tinha entrado na casa e visto o corpo às seis da tarde. Disse pro Xavier que não […]

O acrobata 5 de setembro de 2010

Um ou dois roubos diários numa linha de metrô que atende mais de cento e setenta mil pessoas é perfeitamente aceitável. Nenhum jornal publicaria uma linha a respeito. Nenhum político perderia seu precioso tempo fazendo discurso. Nenhum delegado poria um inspetor pra correr atrás de punguistas pés de chinelo com a cidade transbordando de assassinos, […]