BIO – O Filme: Diário de Filmagem #13

 

A primeira etapa está cumprida. Doze diárias. Quatro cenas já totalmente filmadas. Várias cenas encaminhadas. Todas as participações de elenco de Rio e São Paulo concluídas. Agora temos alguns dias pra descansar e preparar a retomada dia 5 de janeiro. Nunca tinha ficado tanto tempo em estúdio, sem interrupção para externas. Só temos a agradecer pra toda equipe da Naymar, em especial ao Cleber Kuhn, que fazem a gente se sentir em casa. BIO vai crescendo como obra autoral e como processo colaborativo a cada diária vencida.

Frederico Restori foi nosso ator convidado hoje pela manhã. Ele interpreta o filho primogênito do protagonista e cumpre uma função fundamental na história: tensionar ao máximo as relações familiares e afetivas nas cenas que se passam em Viamão e no Rio de Janeiro. Eu já trabalhara com o Fred em “3 Efes” (2007), mas então ele era uma criança. Agora é um jovem ator, já com boa experiência de palco com o grupo “Falos e Stercus” e alguns filmes em seu currículo. Impressionou toda a equipe com o texto todo decorado e uma carga emocional muito forte. Pra completar, ainda trouxe o Thor, sua iguana de estimação, pra participar da cena. Thor também se saiu bem. À tarde, voltamos a trabalhar com a Thainá Gallo, desta vez para uma cena do epílogo. Não vou contar o que acontece, mas a produção foi caprichada. O interessante nessa cena foi encontrar soluções inesperadas a partir de reflexos e sombras.

Neste pequeno intervalo até o começo de janeiro, vou aproveitar para refletir sobre o que fizemos, revisar algumas coisas, pensar no que pode ser melhorado na dinâmica de filmagem. Sempre é bom ter alguma surpresa na manga, pra equipe perceber que o jogo ainda não está ganho. Termino lembrando que Flávio Basso, ou Júpiter Maçã, ou simplesmente Júpiter, nos deixou ontem. Ele era um criador, um cara que tinha coragem de experimentar, de tentar coisas novas, de ultrapassar alguns limites. Resumindo, era um artista de verdade. O meu longa “Tolerância” (2000) tem três trilhas de sua autoria, retiradas do álbum “Apartment Jazz”, que é bem experimental. É estranho perceber que já se passaram 15 anos dessa pequena parceria. BIO é um filme sobre a passagem do tempo e a superação de grandes distâncias, e fica aqui nossa homenagem, a partir de Encélado, uma pequena lua de Saturno, para o gigante do sistema solar.

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