Memória – 1990

No Brasil, as cópias de filmes em película podiam ser exibidas por cinco anos, depois eram destruídas. Uma fábrica em São Paulo utilizava cópias de filmes como matéria-prima para confecção de vassouras.

Após 25 anos afastado da vida pública, Jânio Quadros volta a se eleger prefeito de São Paulo. 1989 foi um ano decisivo para o Brasil: a primeira eleição presidencial direta em três décadas. Alguns candidatos são nossos velhos conhecidos. Mas ninguém lembra mais o que aconteceu da última vez.

Créditos:
Direção: Roberto Henkin
Produção: Luciana Tomasi
Roteiro: Roberto Henkin e Jorge Furtado
Direção de Fotografia: Christian Lesage
Direção de Arte: Fiapo Barth
Música: Leo Henkin
Direção de Produção: Nora Goulart
Montagem: Giba Assis Brasil
Elenco:
João Batista Diemer (Narração) Maria Verbena de Souza (Depoimento)
Prêmios
Prêmio
2º Prêmio Iecine Governo do Estado/RS (1989) Apoio à Produção
Prêmio
18º Festival de Gramado (1990) Melhor Roteiro de Curta-Metragem
Prêmio
23º Festival de Brasília (1990) Melhor Curta-Metragem (Prêmios de Júri Oficial e Júri Popular) e Melhor Montagem
Prêmio
13ª Jornada de Cinema e Video do Maranhão (1990): Destaque do Júri (selecionado entre os 4 melhores filmes), Melhor Roteiro, Melhor Montagem, Menção Honrosa do Júri do CNC e Menção Honrosa do Júri do OCIC
Prêmio
19º Festival Ibero-americano de Huesca (Espanha, 1991) Melhor Curta-Metragem e Melhor Filme de 1991 segundo a Federação Aragonesa de Cineclubes

Memória faz parte de uma vertente pouco explorada pelo cinema: a do filme-ensaio, que combina recursos de linguagem do documentário e da ficção. (…) A cena da operária cega que descreve suas sensações diante de um filme que está sendo projetado sugere um cruzamento de dois mestres alemães: Wim Wenders e o Werner Herzog do documentário ‘No País do Silêncio e da Escuridão’.”
(Sérgio Bazzi, JORNAL DE BRASÍLIA, 12/10/1990)

Memória é, a exemplo de ‘Ilha das Flores’, um filme-impacto, original e criativo em sua construção e que também tem grande força política. (…) Pode-se considerar Memória, em sua forma, o primeiro filme que se exibe no Brasil como oposição a Collor e seu projeto político.”
(Aramis Millarch, O ESTADO DO PARANÁ, 21/10/1990)

“O destaque absoluto (…) é Memória, dirigido pelo gaúcho Roberto Henkin. (…) Feito pouco antes da posse de Fernando Collor de Mello na presidência, o documentário é focado numa cega que ama cinema e, paradoxalmente, trabalha numa fábrica que transforma filmes velhos em piaçavas. Paralelamente, ensaia uma reflexão sobre o símbolo da vassoura de Jânio Quadros com o discurso do caçador de marajás de Collor. Trata-se do mais contundente depoimento do cinema brasileiro em relação ao governo que tentou destruí-lo.”
(Hugo Sukman, O GLOBO, 26/08/1999)

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