Estreia na próxima sexta, dia 16, nos cinemas Santander, Instituto NT e Unibanco Artplex o filme “A Última Estrada da Praia”, do meu amigo Fabiano de Souza. Mas não indico o filme porque ele é meu amigo. Indico porque é um EXCELENTE FILME. Bem escrito, bem dirigido, bem interpretado, bem montado, bem musicado. Custou pouco dinheiro, mas envolveu um tremendo esforço de produção e muito talento de toda a equipe. O argumento foi inspirado pelo romance “O louco do Cati” (1942), de Diynélio Machado, também autor de “Os ratos”.
Acho que o tema principal do filme é a amizade e suas imprecisas fronteiras com o amor, mas há outros assuntos importantes, como a loucura e a solidão. O Fabiano é um cineasta que, desde as suas primeiras obras (inclusive em super-8), busca uma narrativa poética sem jamais perder o humor. É o que Bressane, por exemplo, consegue fazer em seus melhores momentos. É sempre um desafio fugir da prosa realista no cinema sem embarcar numa chatice pretensamente lírica, em que abundam planos vazios e intermináveis. Creio que “A Última Estrada da Praia”, uma ficção, ao lado de “Morro do Céu”, de Gustavo Spolidoro, um documentário, são excelentes exemplos de poesia cinematográfica de primeira.
Há pelo menos duas cenas de “A Última Estrada da Praia” que não me saem da memória, A primeira é a da sorveteria, em que um clima de bebedeira e sedução vai se instalando lentamente e chega a um clímax maravilhosamente erótico e libertário. A segunda é a do cinema na praia, em que me bateu uma saudade grande das minhas muitas matinés no Cine Riograndense, em Capão da Canoa. A diferença é que eu assistia aos seriados de Tarzan e aos filmes de Jerry Lewis, enquanto os personagens de Fabiano assistem a “Deus Ex-Machina”, curta que eu mesmo realizei em 1996. Mais que uma homenagem pessoal, considero essa citação um honra para o cinema gaúcho como um todo.
Pra terminar: na próxima segunda, dia 19, véspera da revolução Farroupilha, tem Festa do Filme no Garagem Hermética. Eu e a Luciana Tomasi (também conhecida como DJ Miss Sequelinha) vamos botar o som entre 11 da noite e uma da manhã. Vamos sacudir um pouco o corpo e celebrar essa nossa interminável aventura de produzir filmes neste canto inóspito do Brasil. É sempre complicado constatar que, a cada filme, parece que estamos recomeçando do zero, mas quem sabe é exatamente isso que nos faz pensar com uma certa energia juvenil e aceitar os desafios que o mundo nos entrega. Vamos ao filme, vamos à festa. E vamos tomar mais essa estrada pra a praia.
https://abcine.org.br/entrevistas/bruno-polidoro-a-nuvem-rosa/?fbclid=PAZXh0bgNhZW0BMQABpuFMXdQNj-Kvc57GlMFVOEeIeWZXazTO2_4MOmkrNBkzTsp-wHuluA0TYA_aem_AWUC4phL_Jk7w1pHs37ZGlq4lsWB9fGKABbl4liOeMHEaVaf6qjz7vhikjprF7ZxD1g
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