Escrevi em 2008:
"O futebol é coisa séria e tem regras muito antigas. Elas não incluem as imagens técnicas como base para flagrar agressões. Por um motivo simples: essas imagens não são confiáveis. (…) Sou jornalista e trabalho com narrativas audiovisuais no cinema e na TV. Acredito em procedimentos éticos e acredito que a maioria dos meus companheiros jornalistas e radialistas tenta fazer seu trabalho da melhor maneira possível, com isenção e profissionalismo. Mas, em matéria de futebol, não boto a mão no fogo por ninguém."
Também escrevi em 2008:
"Se, a partir de agora, imagens eletrônicas fabricadas por empresas (sobre as quais não há qualquer controle, além da frágil "ética profissional") forem usadas como provas de acontecimentos que ninguém viu, o futebol passa a ser outra coisa. Todo mundo terá direito (inclusive os clubes!) de posicionar câmeras em determinados jogadores, durante 90 minutos, e o procurador passará todo o seu tempo fazendo denúncias, que surgirão em todos os jogos, às dezenas."
A última frase é sobre um já esquecido jogo do Grêmio contra o Botafogo, mas o assunto voltou, e muito quente, depois do gol de mão do centro-avante do Palmeiras contra o Inter, anulado (marque a opção em que você acredita):
(a) pelo quarto árbitro, que realmente viu o que os seus três colegas, muito mais perto do lance foram incapazes de ver (e não foi avisado por alguém que viu a repetição do lance em câmera lenta na TV);
(b) pelo quarto árbitro, que foi avisado por alguém que viu a repetição do lance em câmera lenta na TV;
(c) pelo delegado da CBF no jogo, que foi avisado por alguém que viu a repetição do lance em câmera lenta na TV;
(d) pelo Papai Noel, que foi avisado por alguém que viu a repetição do lance em câmera lenta na TV;
(e) nenhuma das opções pode ser considerada verdadeira e é melhor deixar pra lá.
Eu marco a letra (b), mas admito que as outras podem ser verdadeiras, inclusive a opção (e).
E faço uma sugestão para a novíssima Arena do Grêmio, que é o meu clube. Vamos instalar logo nosso sistema de TV, controlado por cidadãos acima de qualquer suspeita, sem qualquer paixão clubística, pra ajudar os pobres juízes a apitar direito. Sem favorecimentos. Com ética. Com absoluta isenção e objetividade.
O Papai Noel vai operar a câmera atrás do gol.
XXX
Para ler os posts de 2008 sobre o assunto:
http://www.pranafilmes.com.br/o-blog/carlos-gerbase/distorcoes-na-genitalia
http://www.pranafilmes.com.br/o-blog/carlos-gerbase/objetiva-nunca-e-objetiva
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