Esta diária foi dedicada à maternidade. E está baseada na ideia de que a espécie humana gera filhotes que nascem extremamente frágeis, necessitando de proteção e cuidados especiais por muito mais tempo que a média dos outros mamíferos. Os pais às vezes ajudam, mas, como todo mundo sabe, são as mães que seguram mesmo a onda, especialmente quanto à alimentação. Quando a mãe, por qualquer motivo, não pode estar presente, as confusões são bastante comuns. Nosso protagonista, coitadinho, não fugiu à regra.
Começamos filmando a participação da atriz Lívia Perrone, jovem mãe na vida real (na foto em que ela segura seu celular, está mostrando seu filho “de verdade”) e, na ficção de BIO, jovem empregada doméstica que é encarregada de uma tarefa pouco usual. Contracenando com ela, um ator que, desde sua chegada ao set, concentrou todas as atenções e arrebatou todos os corações. Ele se chama Nicolas Zluhan Baptista, tem cinco meses, é afilhado de Iuli Gerbase e passou algumas horas conosco fazendo o difícil papel de um bebê de oito meses que está com fome. Atenção: ele estava bem alimentado, mas simulou a fome lindamente.
Tem uma regra de ouro não escrita no cinema: nada de crianças e animais. Fazer um filme já é uma tarefa suficientemente difícil quando envolve humanos adultos. Então pra que complicar ainda mais? Pois em BIO a regra foi duplamente quebrada. Tivemos farta participação de animais (não humanos): vários peixinhos, uma iguana adulta e um bugio, que estava empalhado, mas mesmo assim deu certo trabalho. E tivemos o Nicolas, que não deu trabalho nenhum. A Lívia, com toda sua experiência, deixou o jovem rapaz bem à vontade.
Logo depois, tive o prazer de trabalhar novamente com o Luciano Malmann. Ator experiente, que estudou muito o seu papel e trouxe o texto inteiro de cor, transformando-o num quase monólogo. Em BIO, descobrimos ao lado do elenco a melhor estratégia para cada personagem, e a do Luciano foi transformar sua história de sedução a uma jovem mulher num discurso franco sobre o poder (e os perigos) da atração sexual. Foi ótimo vê-lo reinterpretar o texto da sua maneira, explorando algumas sutilezas que nem eu mesmo tinha percebido. Com uma jaqueta de couro muito estilosa e uma moto potente no cenário, o Luciano virou um acadêmico nova-iorquino poderoso.
E assim chegamos ao fim da penúltima diária. Amanhã temos o fim das filmagens, com direito a um “Amigo da onça secreto” depois do almoço (não sei quem inventou a brincadeira, mas tenho um pouco de pena do meu amigo) e, à noite, a uma festinha de despedida das filmagens e de quatro anos da Prana Filmes. Falta apenas uma entrevista e uma cena do epílogo. O roteiro já está todo riscado, os HDs já estão abarrotados e nossas reservas de energia atingem seu ponto mais crítico. Mas, até hoje pelo menos, não ouvi nenhuma reclamação. Ou tudo corre muito bem, ou eu estou ficando surdo. É da vida…
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