“5 ELEMENTOS – QUAL É O SEU?” NO FAROL SANTANDER

Com produção da Prana Filmes, exposição reúne cinco artistas brasileiros consagrados para estabelecer um diálogo com a natureza.

A exposição “Cinco Elementos – Qual é o Seu?”, no Grande Hall do Farol Santander de Porto Alegre, de 8 de julho a 21 de setembro, vai revelar as complexas e fundamentais relações entre aquilo que os seres humanos simplesmente encontraram em seu planeta, desde o início da civilização, e o que cinco artistas contemporâneos criaram a partir destas matérias-primas primordiais. Ernesto Neto (éter), Brígida Baltar (ar), Claudia Jaguaribe (água), Xadalu Tupã Jekupé (fogo) e Heloisa Crocco (terra) dialogam com saberes ancestrais, inclusive pré-científicos, pois a arte, como expressão das emoções e tentativa intuitiva de compreender o mundo, muitas vezes antecipou o que a racionalidade técnica veio a descobrir mais tarde.

Assim, o visitante será convidado a refletir sobre os diferentes modos com que o fazer artístico se apropria e transmuta o mundo natural, às vezes criando formas excepcionalmente belas, outras vezes nos fazendo pensar criticamente sobre como a humanidade dispõe das fontes naturais do planeta. A curadoria partilhada de Luciana Tomasi, que tem uma longa trajetória nos estudos de culturas ancestrais, e de André Venzon, que acompanha o panorama da arte contemporânea nacional e internacional, permitirá que cada uma das cinco seções da mostra tenha uma identidade própria, unindo aspectos puramente estéticos a uma experiência sensorial e cultural sobre a natureza que nos cerca.

Os artistas Ernesto Neto, Claudia Jaguaribe, Xadalu Tupã Jekupé e Heloisa Crocco farão palestras abertas ao público, em datas e horários a serem divulgados. A exposição terá acesso universal (rampas) e acessibilidade para deficientes visuais (textos curatoriais e informações sobre as obras em braile). Monitores especialistas em audiodescrição e libras estarão disponíveis para visitas de grupos de PCDs auditivos, conforme necessidade e agendamento prévio. A mostra tem patrocínio da Lei de Incentivo a Projetos Culturais (Lei Rouanet), da Esfera, do Santander e da Zurich. A produção é da Prana Filmes e a realização é do Ministério da Cultura.

OS ARTISTAS

Os cinco artistas foram escolhidos por André Venzon, um para cada elemento da natureza. Para tanto, o curador considerou a diversidade e pluralidade intercultural da arte nesta seleção, visando a enriquecer ao máximo os pontos de vista com que a arte interpreta e traduz o mundo natural. O projeto cenográfico, de autoria do arquiteto Vicente Saldanha, compreende e respeita a força da natureza e da arte e procura dar a cada conjunto de obras uma ambientação muito particular, usando diferentes recursos sensíveis. Mais que “mostrar” cada peça, a intenção é estabelecer com o público uma experiência sensorial e cognitiva, de modo que a visitação se converta numa caminhada prospectiva e, ao mesmo tempo, integrativa, sobre o nosso mundo e a maneira como o expressamos artisticamente.

Espalhando-se pelo Grande Hall, a obra de Ernesto Neto, um dos mais importantes artistas brasileiros contemporâneos no cenário internacional, conecta a existência de sua criação ao espaço do prédio e aos visitantes. Antes mesmo de compreendermos o tema de sua obra — atualmente em exibição no Grand Palais, em Paris, no âmbito do Ano do Brasil na França — somos envolvidos pelo desejo de descobrir seus contornos, como um corpo espiralado onde tudo se move, mas permanece aqui. A obra de Neto representa o mistério do elemento Éter, inaugurando assim a entrada da exposição. Como um coração pulsante, sua criação une todos os elementos entre si, conduzindo o público a percorrer o corpo da mostra, circulando por suas “veias” até o próximo elemento: o Ar, representado pela obra de Brígida Baltar.

Artista carioca falecida em 2022, Baltar é considerada uma das figuras mais relevantes na linha de legado de Hélio Oiticica e Lygia Clark, preservando a noção de abrigo poético no reino da vida natural. Do acervo da sua obra, atualmente também em exibição no Instituto Ling, apresentamos um conjunto significativo de trabalhos das séries A Coleta da Neblinado Orvalho e da Maresia com performances orientadas para o vídeo Coletas (1998-2005/2019). As vestes e recipientes utilizados nas coletas são exibidos pela primeira vez ao público gaúcho.

Dando continuidade a esse fluxo, o elemento Água é introduzido pela artista Claudia Jaguaribe, que reconstituiu sua grande instalação Água na Oca (2010), com 56 fotografias de imagens de água — cachoeiras que ganham forma escultórica, proporcionando uma experiência física de infinito provocada pelas imagens. A série também inclui três trabalhos de O Seu Caminho (2010), resultado do prêmio Marc Ferrez, explorando nossa relação com a água como fenômeno natural de grande potência física e emocional. Jaguaribe experimenta diferentes suportes para a fotografia e dispõe de uma sala exclusiva para exibição do vídeo correspondente à série.

Do frio das águas, passamos ao calor do elemento Fogo, representado por um dos artistas indígenas contemporâneos mais destacados do Brasil e do mundo: Xadalu Tupã Jekupé – na sequência dessa exposição ele realizará duas residências artísticas no exterior, na França e em Portugal, fruto de convites e premiações institucionais. Sua pesquisa sobre o fogo atravessa a ancestralidade do povo Guarani Mbyá, desde suas origens, cosmologias, passando pelos processos históricos de colonização, até uma crítica decolonial na contemporaneidade.

A exposição se encerra com o trabalho da artista gaúcha Heloísa Croco, que traz o elemento Terra, fechando esse ciclo vital. Sua obra principal, o filme Horneiros, uma produção uruguaio brasileira, estreia no Farol Santander e convida o público a sentir esse elemento telúrico por meio da força da natureza e do trabalho humano presente nas suas obras. Em equilíbrio, essa relação constrói e pode salvar a vida no planeta.

OS CINCO ELEMENTOS

Nas primeiras aulas de química, estudantes de todas as nações do mundo aprendem que tudo, na natureza, é formado por átomos. É a maneira científica e racional de compreender a natureza. A partir da combinação dos átomos, temos os 118 elementos da tabela periódica. Quanto mais a ciência avança, contudo, em especial no campo da física quântica e das partículas subatômicas, mais fica evidente que ainda há muito por revelar em relação às forças da natureza.

Assim, o que sabemos hoje é uma etapa da evolução do saber, e não temos as respostas definitivas para todas as perguntas. Refletir sobre como outras culturas, em outros tempos, pensaram a natureza é importante para compreender as diferentes manifestações artísticas que a representaram. Civilizações antigas na Pérsia, na Grécia, na Babilônia, no Japão, no Tibete e na Índia fizeram listas de substâncias primordiais, tentando explicar os fenômenos naturais e a própria origem do universo. Muitas vezes misturadas com histórias mitológicas, estas listagens refletem modos diferentes de viver e estar no mundo. Outras vezes, antecipando o método científico, eram resultado de observações e experiências. A mostra “Os 5 Elementos – Qual é o Seu?” parte de uma listagem que, de certo modo, absorve conceitos ocidentais e orientais, a saber:

Éter – tudo está contido no éter: espaço, vazio, totalidade. Ele abraça o universo, tanto o observável como aquele que se esconde de nós. Nosso sistema nervoso dialoga com o éter e tenta sentir a totalidade, embora normalmente esteja restrito às experiências corporais. No éter, repousam a calma, a libertação, o desapego e a receptividade. As obras relacionadas ao éter farão referência a todas as outras obras da mostra, pois é um elemento integrativo. O som e a audição estão relacionados a esta tentativa de chegar à totalidade, pois as ondas sonoras permitem superar barreiras físicas e visuais.

Ar – é a ausência de forma definida, a libertação do corpo, a leveza do ser. É o elemento que permite a expansão do corpo e sua integração com a atmosfera do planeta, já que depende da nossa respiração. A arte do ar deve ser levíssima, levada pelos ventos mais fortes, ou tocada pelas brisas mais suaves. O sentido do tato permite que a passagem do ar, em sua sutileza, seja percebida e celebrada pelo corpo.

Água – é responsável pela nossa fluidez mental, pela capacidade da mente de criar “mundos interiores” pela força prodigiosa da imaginação. Dá movimento e dinâmica à experiência humana, pois amplifica as sensações e as transmite para outros seres. No corpo humano, é representada pelos sistemas circulatório e linfático. Fazer arte a partir da água é lidar com o impermanente, como o que nunca se repete. Está ligada ao paladar.

Fogo – traz calor, luz, força e energia vital. Permite que as coisas se transformem, se transmutem, numa renovação constante. É o elemento que necessário para atividades que exigem foco e concentração. No corpo manifesta-se sobre o sistema digestivo, no impulso elétrico do coração e no sistema imunológico. As obras de arte do elemento fogo devem tem ser um visual muito poderoso, pois este elemento está intimamente ligado aos nossos olhos.

Terra – é o elemento da concretude e do mundo físico. No corpo humano, é tudo que nos dá estrutura, que nos põe de pé: ossos, músculos e tendões. As obras de arte relacionadas ao elemento Terra deverão dialogar com essa base explicitamente poderosa da natureza, que conecta os seres vivos com seu ambiente. Está ligado às sensações olfativas.

OS ARTISTAS

Ernesto Neto (Rio de Janeiro/RJ, 1964). Ernesto Neto nasceu em 1964 no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. Seu trabalho trata de relações, seja entre materiais, forças ou seres. A gravidade e o equilíbrio aparecem como elementos mediadores dessa relação, desafiando e expandindo o vocabulário da escultura. Considerando o legado de vanguardas como o Neoconcretismo, o Minimalismo e a Arte Povera, ele entende o corpo como uma questão política fundamental em sua poética, de modo que suas esculturas evocam organismos vivos, além de ativar múltiplos sentidos no corpo do espectador. Nos últimos anos, Neto tem se voltado para materiais naturais, como algodão, madeira e folhas, e nos convida a entrar em estados meditativos e a reconectar o corpo cultural com a espiritualidade de estar vivo, onde estamos em constante transformação, o corpo e nós. As recentes exposições individuais dignas de nota incluem: Le Bon Marché (Paris, França, 2025); MAAT (Lisboa, Portugal, 2024); Oficina Brennand (Recife, Brasil, 2023); Pinacoteca do Estado de São Paulo, (São Paulo, Brasil, 2019) e MALBA (Buenos Aires, Argentina, 2019); GaiaMotherTree, Zurich Main Station, Fondation Beyeler, (Zurique, Suíça, 2018); Seu trabalho também foi apresentado em inúmeras exposições coletivas e bienais Thailand Biennale Chiang Rai (2023); Biennale de Veneza (2017/2001), Lyon (2017), Sharjah (2013), de Istambul (2011) e São Paulo (2010/1998). O trabalho de Neto está extremamente bem representado nas coleções de museus internacionais Centre Georges Pompidou (Paris), Inhotim (Brumadinho), Guggenheim (Nova York), MCA (Chicago), MOCA (Los Angeles), MoMA (Nova York), Museo Reina Sofía (Madri), SFMOMA (São Francisco), Tate (Londres), TBA21 (Viena), entre muitos outros.

Xadalu Tupã Jekupé (Alegrete/RS, 1985). É um artista indígena que usa elementos da serigrafia, pintura, fotografia e objetos para abordar em forma de arte urbana o tensionamento entre a cultura indígena e ocidental nas cidades. Sua obra, resultado das vivências nas aldeias e das conversas com sábios em volta da fogueira, tornou-se um dos recursos mais potentes das artes visuais contra o apagamento da cultura indígena no Rio Grande do Sul. O diálogo e a integração com a comunidade Guarani Mbyá permitiram ao artista o resgate e reconhecimento da própria ancestralidade. Nascido em Alegrete, Xadalu tem origem ligada aos indígenas que historicamente habitavam as margens do Rio Ibirapuitã. As águas que banharam sua infância carregam a história de Guaranis, Charruas, Minuanos, Jaros e Mbones – assim como dos bisavós e trisavós do artista. De etnia desconhecida, eles eram parte de um fragmento indígena que resistia em casas de barro e capim à beira do Ibirapuitã, dedicando-se à pesca e vivendo ao redor do fogo mesmo depois do extermínio das aldeias da região. Nas palavras de Paulo Herkenhoff, “Xadalu não fica à espera por mudanças na sociedade, mas busca agenciar sua potência para agir na escala individual”. O renomado curador também afirma que “a arte de Xadalu não vai mudar o mundo, mas pode alterar nosso olhar sobre as coisas”. Em 2020, sua obra “Atenção: Área Indígena” foi transformada em bandeira e hasteada na cúpula do Museu de Arte do Rio. Meses depois, venceu o Prêmio Aliança Francesa com a obra “Invasão Colonial: Meu Corpo Nosso Território”, que o levou a uma residência artística na França em 2021. Seu trabalho está presente nos acervos do Museu Nacional de Belas Artes (RJ), Museu de Arte Moderna de São Paulo (SP), Museu Nacional (RJ) e Pinacoteca de SP, entre outros. Como artista residente, já esteve em países como França, Espanha, Itália e no território Mapuche, no Chile, pela 35ª Bienal de São Paulo e no programa de Residência de IASPIS na Suécia.

Claudia Jaguaribe (Rio de Janeiro/RJ, 1955). Mora e trabalha entre São Paulo e o Rio de Janeiro. É formada em história da arte, artes plásticas e fotografia, pela Boston University, EUA. Desenvolve um trabalho voltado para a questão da paisagem urbana, do meio ambiente, e principalmente questões voltadas para a representação do real enquanto um registro conceitual. Ao misturar realidade e subjetividade, estimula a percepção que temos do que estamos vendo criando camadas de entendimentos e narrativas. A materialidade de suas obras questiona a própria natureza da fotografia. Expande os formatos tradicionais da fotografia, transforma imagens em fotoesculturas, integra e utiliza o vídeo e a internet em suas instalações. Sua produção desde o início foi ligada à pesquisa editorial. Muitas de suas séries encontram a sua expressão final em formato de livro. Tem 20 livros publicados e reconhecidos pela singularidade da integração fotográfica e projeto gráfico. Em 2013 co-fundou a editora de fotolivros Editora Madalena. Seus trabalhos estão em diversos museus e coleções brasileiras e internacionais tais como Museu de Arte Moderna – São Paulo, Inhotim – Instituto de Arte Contemporâneo – Brumadinho, Itaú Cultural, Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro, Victoria and Albert Museum, Maison Européene de la Photographie – Paris, Instituto Ítalo Latino Americano – Roma, Hangar art center, entre outros.

Heloisa Crocco (Porto Alegre/RS, 1949). Formada emArtes pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, trabalhou em tapeçaria com Elizabeth Rosenfeld, fez cursos com Tom Hudson na Cardiff ‘s College of Art of London e cursos de especialização em Artes Plásticas na PUC/RS. Particiou de várias exposições coletivas, salões e bienais na Alemanha, Áustria, Hungria, EUA, França, México, Uruguai e Brasil. Viajou pelo país na pesquisa das fibras, suas transformações e aplicações, principalmente em suas visitas à Floresta Amazônica e à Ilha do Sal, no Piauí. Na América Latina, em viagens à Colômbia, Venezuela, Méximo, Peru e Uruguai, durante um período

dedicou-se ao estudo das tramas, texturas e iconografia da arte pré-colombiana. Muito do seu trabalho como artista e designer decorre de suas experiências de viagem, realizando importantes trabalhos com diferentes comunidades, no que diz respeito a sua revitalização e produção artesanal, sempre enfatizando sua originalidade.

Brígida Baltar (Rio de Janeiro/RJ, 1959 – 2022) começou a desenvolver sua obra na década de 1990 por meio de pequenos gestos poéticos realizados na sua casa-ateliê localizada em Botafogo, um bairro da zona sul do Rio de Janeiro. Durante quase dez anos, a artista colecionou materiais da vida intimista, como a água de goteiras escorrendo de frestas do telhado ou a poeira marrom-avermelhada dos tijolos de barro das paredes. Em “Abrigo” (1996), a artista esculpiu sua própria silhueta em uma parede de sua casa e, ao entrar nesse casulo, transformou a experiência em uma intersecção simbiótica, tornando-se parte da casa na qual habitava. As ações foram, subsequentemente, expandidas para o espaço da rua, originando obras como “Coletas”, no qual colheu neblina, orvalho e água do mar evaporada, uma tarefa sabidamente ineficaz de captar o impossível. Em 2005, antes de se mudar de casa, a artista levou grandes quantidades de poeira fina coletada dos tijolos de barro firme. O pó foi usado em trabalhos posteriores, resultando em desenhos de montanhas e florestas cariocas, indícios do espaço íntimo que Brígida compartilha com o mundo. A presença da escultura na sua obra surge ainda com os tijolos, expandindo-se para outros materiais como cerâmica, vidro e metais. Premiações: Fundação Marcos Amaro, Brasil, 2018; Rumos Itaú Cultural, Brasil, 2017; Oi Futuro, Brasil, 2011; Edital Artes Visuais | Secretaria de Estado de Cultura/Governo do Rio de Janeiro, Brasil, 2011; Programa Petrobrás de Artes Visuais, Brasil, 2001; Bolsa de pesquisa Rioarte, Brasil, 1998 e Prêmio Brasília de Artes Visuais do Museu de Arte de Brasília, Brasil, 1998.

CURADORIA

Luciana Tomasi (Porto Alegre/RS, 1959) é diretora da Prana Filmes. Formou-se em Comunicação-Jornalismo pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil). Foi curadora da exposição “Memória Vintage: bancando a economia” e produtora das exposições “Moacyr Scliar, o Centauro do Bom Fim”; “Sioma Breitman, retratista de Porto Alegre” e “Lupi, pode entrar que a casa é tua”. Começou sua carreira no cinema no início dos anos 1980, filmando em Super8. Na Prana Filmes, trabalhou mais recentemente nos longas “Jepotá” (em pós-produção), de Augusto Canani e Carlos Papá Guarani; “A Nuvem Rosa” (SUNDANCE- 2021) de Iuli Gerbase; “Legalidade” (2019), de Zeca Brito; “Bio – Construindo uma Vida” (2018), de Carlos Gerbase, “Yonlu” (2 017), de Hique Montanari. Como produtora, seus filmes conquistaram mais de 200 prêmios no Brasil e no exterior. Produziu quinze longas-metragens, alguns para Columbia Pictures e Fox Films, programas de televisão para a TV Globo e mais de 30 curta-metragens. Foi uma das fundadoras da Casa de Cinema de Porto Alegre. Para a televisão, produziu as minisséries ”Centro Liberdade” (2024), “Turma 5B” (2018), “Diálogo Sobre o Cinema” (2018), “Luna Caliente” (1998), “A Comédia da Vida Privada” (1997 e “Incidente em Antares” (1994).

André Venzon (Porto Alegre/RS, 1976), vive e trabalha na sua casa-ateliê-galeria, no 4° Distrito da cidade. É artista visual, curador e gestor cultural. Mestre em Poéticas Visuais no PPGAV/IA-UFRGS, especialista em Gestão e Políticas Culturais pela Universidade de Girona/Espanha e graduado em Artes Visuais pelo IA-UFRGS. Dedica-se à pesquisa dos tapumes na paisagem urbana, de elemento arquitetônico a significante de operações poéticas. Igualmente tem mostrado os resultados de seus estudos e criações, em exposições, congressos, feiras, seminários, palestras e curadorias, perfazendo uma intensa atividade acadêmica em articulação com uma atuação efetiva no sistema da arte. Destaque para a curadoria da exposição “Nem Eu, Nem Tu: Nós – A Obra de Karin Lambrecht e o olhar do colecionador”, dentro do projeto RS Contemporâneo – Pensamentos Curatoriais, no Santander Cultural (2017). Diante de sua forma de perceber a arte como atributo social foi presidente da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, Conselheiro Estadual de Cultura, membro do Colegiado Nacional de Artes Visuais e diretor do MACRS por duas gestões. É coordenador da Galeria de Arte da Fundação ECARTA, desde 2018, e atual diretor artístico do Instituto Cultural Laje de Pedra, Canela/RS.

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