Oceanos mudos

Apesar de ainda conseguir dormir bem, sem barbitúricos, tenho frequentemente acordado pensando no material radioativo que está derramando para dentro do mar no Japão. Só com o tempo vai se ter noção da catástrofe  que está sendo gerada neste momento. Como construíram uma usina atômica na beira do mar em uma região de maremotos? Os interesses econômicos e políticos foram maiores que a inteligência e o bom senso característicos dos japoneses. A civilização já conseguiu destruir o ar, as matas, os rios e agora coloca material radioativo em grande escala para dentro do mar. Coisa que os franceses e os norte-coreanos já haviam feito com testes atômicos no oceano. É a total destruição da natureza mesmo. Nosso oxigênio vem do mar. Os peixes estão sendo devastados pela pesca industrial com arrastões de 30 km de comprimento e espinhéis de 120 km. O oceano está se acidificando com a poluição do ar. Os recifes estão perdendo sua diversidade. A devastação ambiental está muito mais rápida que a contra-corrente de pesquisas para salvamento dos ecossistemas.

Quando vão parar de covardemente comer os peixes que não conseguem ao menos emitir sons reclamando do seu sofrimento na matança por anzóis, arpões, redes e poluição das águas? Tem proteína sobrando no reino vegetal para suprir toda a humanidade, que hoje come em excesso, se o desenvolvimento for canalizado para isto a longo prazo. Os bichos foram feitos para brincar e para serem utilitários, e não para encher a barriga de alguém. Se chegarem extra-terrestres desnutridos que nos enxergarem como comida, como vai ser? Só assim talvez haja reflexão sobre a questão de comer o reino animal. Animais comendo animais. Canibais.

Saiu um livro sensacional  sobre a questão da matança industrializada de animais chamado “Comer Animais” de Jonathan Safran Foer. Durante 3 anos, o autor estudou os números do mercado da carne e visitou matadouros. Deveria ganhar o Nobel de Literatura.
Quem também merece todos os prêmios do cinema é o Win Wenders. Seu documentário sobre a Pina Bausch, em 3D, é absolutamente fantástico, comovente, encantandor. A platéia molha os óculos de plástico e não consegue levantar da cadeira no final.
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