Pensei em começar a falar sobre a beleza do final de ano, papai noel, festas, viagens, etc., mas com o relatório de ontem da ONU não vai ser possível. Às vésperas da conferência sobre mudanças climáticas, a ONU declara que a emissão de carbono já está 14% acima da prevista para 2020. Desde a revolução industrial, o homem já lançou 375 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera, sendo que 20% nos últimos 12 anos.
Eu, que adoro matemática, afirmo: as questões são números, e o alerta é vermelho. No meio de algarismos e cores, estarão os desprotegidos seres humanos. No Fronteiras do Pensamento, o Nobel da Paz ElBaradei defendeu a reforma no conselho de segurança da ONU, dizendo que há hoje no mundo um estoque de 19 mil armas nucleares, a cada ano mais modernas. O egípcio defende a extinção imediata de todas as armas atômicas em todo o mundo. Mandei uma pergunta por escrito para ele , que não foi lida, sobre o que fazer com este lixo atômico no caso da utópica extinção. A resposta fica para a posteridade.
A ONU termina o seu alarmante comunicado de ontem com uma frase otimista: “O relatório sinaliza que o tempo está se esgotando, mas que os meios técnicos e as ferramentas necessárias para permitir que o mundo mantenha o aumento da temperatura global, neste século, a no máximo 2°C, ainda estão disponíveis para os governos e sociedades”
Quem vai acreditar que os governos, e principalmente as indústrias, vão colaborar eficientemente, se a meta do carbono de 2020 já foi literalmente para o espaço? Com o Rei Obama dizendo que primeiro vem o crescimento da economia norte-americana e depois a ecologia? Chamem os universitários!
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